INARA – capítulo 14 – O Carioca
Inara e a amiga Marisa pousaram no aeroporto Santos Dumont pela manhã.
Recolheram as malas e foram até a agência de aluguel de carros. Alugaram um modelo “Fusquinha”, com placa de São Paulo. Ela gostaria que a placa fosse do Rio de Janeiro. Não queria que soubessem que eram turistas na cidade. Perguntou ao rapaz da locadora o porquê da placa de SP, e ele disse que o carro tinha acabado de chegar da filial de lá. Não tendo outro disponível no momento, pegaram aquele mesmo e dirigiram-se para o apartamento da amiga de Marisa.
No caminho, Inara comentou:
– Marisa, sabe que estes novos ares me reernegizaram? Nem me sinto cansada, mesmo tendo acordado cedo, para viajar. Que tal quando chegarmos ao apartamento, nos arrumarmos e sairmos por aí, pra explorar a cidade?
– Vamos sim! – respondeu Marisa, animada.
Chegaram ao apartamento, arrumaram-se, e saíram pelas avenidas à beira mar. Admiravam toda a beleza da cidade e a descontração do povo carioca nas praias e calçadões.
Ao final do dia, sentindo fome, decidiram jantar num bom restaurante antes de voltarem para casa.
Na praia de Ipanema, passaram em frente ao restaurante Barril 1800. Chamou a atenção por estar cheio de gente alegre, bonita, bronzeada nas mesas do lado de fora. O restaurante, tinha uma atmosfera gostosa.
– Vamos jantar aqui? – perguntou Inara.
– Mas parece mais um bar, ponto de paquera e olha como está cheio. – respondeu Marisa.
– Mas, lá dentro, está mais vazio. Não faço questão de sentar fora. E assim fizeram. Conseguiram rapidamente uma mesa dentro do restaurante.
Terminado o jantar, satisfeitas com a comida boa, pediram a conta e saíram.
No carro, decidiram dar mais uma voltinha pela Avenida Viera Souto antes de voltar para casa. Ao pararem num sinal vermelho, um Chevette bege, com dois rapazes, chegou bem perto do carro delas. O que estava no banco do passageiro colocou a cabeça pra fora da janela e perguntou:
– Oi, você é a Marly?
Inara olhou para a amiga e perguntou:
– Marisa, é a sua irmã que se chama Marly, não é? Será que ele está achando que você é ela?
– Marly que mora em São Paulo? Você não se lembra de mim? – insistiu o rapaz.
– Inara, novamente olhou para amiga:
– Ele com certeza conhece sua irmã. – disse achando que o rapaz falava com Marisa.
O sinal abriu e Inara tinha de seguir, para não atrapalhar o trânsito. Nisso, o motorista do Chevette, gritou:
– Estaciona logo ali, não vão embora não.
Inara atendeu ao pedido e mais à frente estacionou. O Chevette as seguiu e estacionou ao lado.
Os dois desceram do carro e foram até elas. O passageiro do Chevette disse:
– Uau, me desculpe! Eu confundi você com a Marly, uma amiga de São Paulo. Você e ela são muito parecidas e como o carro tem placa de São Paulo, eu achei que fosse ela.
Todos se entreolharam e riram. Inara comentou baixinho com Marisa:
– Hum, caímos no conto dos cariocas. Tática de paquera para nos abordar. Sabia que este carro com placa de São Paulo poderia nos trazer confusão.
Nisso, o motorista chegou mais perto e falou:
Desçam do carro, vamos conversar ali no calçadão? Meu nome é Renato, e este é meu amigo Rizzoli, míope como vocês podem ver.
Todos caíram na risada. Inara, voltando-se para o passageiro, disse:
– Rizzoli? Lembra pastel.
E Renato:
– Pois é né? Mas esse é o apelido dele. O nome mesmo é Márcio, amigo de infância.
E continuou:
– E pra onde estavam indo?
– Acabamos de jantar e agora vamos para casa – respondeu Inara.
– Com esta noite linda, ainda começando e vocês vão pra casa? Ah, não vão não. Vamos aproveitar a noite do Rio de Janeiro. Vocês conhecem o Papagaio, a melhor discoteca do Rio? – perguntou Renato animado.
Elas riram, e Inara explicou que não vinham ao Rio há muitos anos, portanto não conheciam nada.
– Pois vocês precisam conhecer. Vamos pra lá agora. – disse Renato liderando a conversa.
Inara gostou do jeito mandão e brincalhão do carioca. Ele tomava decisões: – Estaciona ali. Não vão embora nao. Vamos pra lá, agora, etc.
Ela estava acostumada a tomar as decisões sempre. Gostou do carioca Renato. Era um homem lindo, estatura média, cabelos castanhos longos, atraente e com aquele sotaque charmoso dos cariocas. Sentiu-se imediatamente atraída por ele. Ela queria ir, mas precisava ver se Marisa toparia o programa de última hora.
– O que você acha, Marisa, vamos? – a amiga meio desanimada, percebendo a empolgação de Inara, disse rindo:
– Você não disse que não queria saber de paquera?
– Disse, mas mudei de ideia. Esse Renato é um gato, e o amigo dele também.
– Tá bem, vamos. – disse Marisa, já mais animada.
– Sigam o meu carro – ordenou Renato.
Ao chegarem na entrada da discoteca, havia muitas pessoas e para facilitar a passagem por todos, Renato segurou firme na mão de Inara, dizendo:
– Vem comigo!
Inara segurou na mão dele e imediatamente sentiu um arrepio. Pensou: – Quem é esse rapaz, parece que já o conheço. Eu gosto dele.
Na discoteca, escolheram uma mesa para os quatro. Marisa e Rizolli sentaram-se mas Renato, que ainda não tinha soltado a mão de Inara, conduziu-a para a pista de dança. Dançavam e conversavam ao pé do ouvido por causa da música alta. Inara estava cada vez mais atraída por aquele rapaz e ele a fazia rir o tempo todo. No início de uma música lenta, ele a abraçou, olhou-a nos olhos e disse:
– Quem é você de quem eu já gosto tanto? – Não esperou a resposta beijando-a em seguida. Inara ao corresponder àquele beijo apaixonado, fazia-se a mesma pergunta.
Depois de algumas horas, Renato a convidou para irem a um lugar mais calmo, onde pudessem conversar sem precisar gritar. Inara gostou da ideia. Queria ouvir muito mais sobre aquela pessoa por quem estava encantada. Saber de sua vida, de seus sonhos, etc. – como posso de repente me interessar tanto por alguém que acabei de conhecer? Aliás, parece que já o conheço há muito tempo. – refletia Inara sobre aquela conexão tão forte entre os dois.
Os amigos Rizzoli e Marisa estavam sentados. Renato comentou com Inara que os dois pareciam não terem se interessado um pelo outro.
– Vamos até eles, tenho um plano, vamos ver se eles concordam.
– Rizzoli, vamos sair daqui. Inara fica comigo, mais tarde a levo pra casa. Você poderia levar a Marisa no carro delas e de lá pegar um táxi, que tal?
Ele continuava decidindo tudo. Rizzoli com um ar meio contrariado, concordou e Marisa com cara de sono, também.
Assim fizeram. A conversa no carro, pelas ruas do Rio, estava animada. Em pouco tempo tinham compartilhado bastante da vida de cada um. A cada sinal de trânsito que paravam, se beijavam.
De repente, o carro parou em frente a um portão grande, todo iluminado. Foi a primeira vez que Inara olhou para a frente. Até então, só prestava atenção em Renato, contando histórias engraçadas.
Muitas luzes piscavam acima do portão, que se abriu automaticamente e a palavra em destaque iluminada era: MOTEL. Inara ficou aterrorizada, surpresa, não esperava por aquilo. Imediatamente, o encanto pelo carioca se quebrou.
– Onde estamos? – perguntou assustada.
– Na Barra da Tijuca- respondeu Renato sorrindo.
Nervosa, mas tentando não parecer, Inara disse:
– Mas Renato, quando você falou num lugar mais tranquilo para conversamos, pensei que se referia a um bar ou restaurante, nunca num motel.
E ele também surpreso pela reação dela disse:
– Mas acha que diante de uma garota como você, eu iria para um restaurante? Com que apetite? – disse Renato sorrindo.
– Desculpa se passei uma impressão errada. Em São Paulo, sempre que saímos da discoteca, vamos para um bar. Muitas vezes na madrugada, vamos ao restaurante do CEASA, para tomar a tradicional sopa de cebola, a melhor da cidade por sinal. – dizia Inara tentando parecer calma.
– Você quer me dizer que o paulista sai da boate com uma garota e vai para o restaurante? Aqui no Rio é da boate ou da praia direto pro motel.
O carro continuava parado no portão de entrada. Inara aturdida pensava: – Que ingênua eu fui? Acabei de conhecer esse rapaz e agora estou na porta de um motel. Acho que entrei numa enrascada.
Nisso, chegou um carro atrás e eles não tinham como dar ré. Renato olhou para ela e disse:
– Vamos ter de entrar. Lá no final eu faço a volta.
– Tenho de pensar rápido, ser inteligente e não demonstrar medo. – pensava ela, nervosa.
Entraram e ao passarem por uma porta de garagem aberta de um dos apartamentos do motel, ele entrou e estacionou. Desligou o motor do carro, virou-se para ela e disse:
– Olha, não precisamos entrar se você não quiser. Mas essa conversa me deu fome. Vamos subir e ficamos só na sala do apartamento. Lá pedimos algo pra comer. Inara continuava em silêncio, sem se mexer no banco. Ele desceu do carro, deu a volta, abriu a porta dela, abaixou-se e beijou-a delicadamente.
– Fique tranquila, você pode confiar em mim. Eu prometo que comemos e vamos embora. Ah! E juro que você não vai ver o meu pintinho.
Renato, com o jeito engraçado e charmoso, arrancou uma gargalhada dela. Ficou um pouco mais relaxada.
– Venha, você também deve estar com fome. Vamos pedir sanduíche, um milk-shake e depois a levo embora.
Ela confiou. Renato tomou sua mão e subiram a escada da garagem para dentro do apartamento.
Sentaram-se à mesa da sala e pediram a refeição. Continuaram conversando animadamente por muito tempo. Ele queria saber tudo da vida dela. Inara chegou a esquecer que estavam num motel.
Quando terminaram a refeição, Renato levantou e foi ao banheiro.
Inara continuava grudada na cadeira, numa posição que passava a seguinte mensagem: “daqui não saio, daqui ninguém me tira”. Para sua grata surpresa, ele logo voltou com um papelzinho na mão, dizendo:
– Aqui está o número do meu telefone. Vou te levar para casa. Amanhã, se sentir vontade de me fazer de bobo novamente, você liga. – sempre falando em tom de brincadeira, mas com muito charme.
Ela se sentiu aliviada e feliz. Na calçada, já em frente ao prédio onde estava hospedada com Marisa, ficaram ainda conversando por um longo tempo.
Inara não conseguiu pregar os olhos direito naquele restinho de noite. Estava apaixonada e encantada pelo carioca lindo, carismático, simpático e principalmente brincalhão. O melhor de tudo, ele mesmo parecendo mandão e decidido, não tentou forçar sua vontade na noite anterior, o que fez com que ela se sentisse respeitada e protegida.
No dia seguinte, ao voltarem da praia, Inara e Marisa, pararam num telefone público e Inara ligou para Renato.
– Ah é você? A paulista espertinha, cheia de técnica, que vem ao Rio para enganar o carioca? – disse ele em tom de brincadeira quando atendeu ao telefone.
Ele a fez rir. Ele ainda acreditava, que evitando ir para a cama no primeiro dia, deixaria-o mais interessado.
– Conheço o seu tipo garota. As paulistas sempre vêm ao Rio pra “soltar a franga”. Mas pelo jeito, você é exceção à regra, ou… quer parecer. – disse ele.
A diferença cultural a espantava. Entre sua criação em Angatuba, aos hábitos dos paulistas e agora do Rio, mesmo em pouco tempo, deu para notar a diferença dos hábitos- Imagino quando ele souber que sou virgem. Mas ele não precisa saber – concluiu Inara.
O relacionamento entre ela e Saulo durou três anos. Tinha dito a ele logo no início, que se casaria virgem. Sua intenção era não correr o risco de uma gravidez e decepcionar os pais. Saulo respeitou sua decisão.
Renato ao telefone, ainda brincando, convidou-a para uma reunião na casa de uma amiga, à noite. Combinaram que ele passaria buscá-la às nove horas. Inara desligou o telefone dando pulinhos de alegria.
– Opa, parece que você gostou mesmo dele hein? Eu vou sair com algumas amigas daqui do Rio. Vá encontrar com o seu carioca e divirtam-se. – disse Marisa dando apoio ao entusiasmo da amiga.
Inara não se deu conta que não tinha dado a ele o número do apartamento.
À noite ficou pronta antes do horário marcado. Olhava continuamente para o relógio, ansiosa, ia até a janela, voltava, sentava novamente e a campainha não tocava. Começou a se preocupar. – Será que ele desistiu? Está atrasado há mais de uma hora!
Sentiu-se arrependida por não ter saído com a amiga. Como Marisa não dirigia, o carro alugado estava na garagem.
– Acho que ele não vem mais. – pensava. Olhou-se no espelho e sentiu-se linda. Vestia calça jeans contornando o corpo magro, bem torneado, a blusa era de linha prateada com alguns detalhes coloridos do mesmo material. – Eu, no Rio de Janeiro, arrumada, e dentro de casa? Não é possível. Em casa é que não fico. Vou dar umas voltas de carro por aí.
Chateada com aquela situação, pegou a bolsa e chamou o elevador.
Ao chegar no lobby teve uma enorme surpresa. Na portaria, estava Renato, debruçado sobre a mesa do porteiro com o interfone na mão. Ela não entendeu o que estavam fazendo.
Quando de repente ele a avistou, afastou-se da mesa, colocou as mãos na cintura e disse:
– Onde você se meteu?
Demorou tanto assim pra se arrumar?
No apartamento, te esperando, há mais de uma hora que estou pronta. – disse Inara com calma e cheia de razão.
– Mas como eu iria bater na porta do apartamento se nem sei o número? Quando cheguei aqui e não te vi, eu e o Severino fomos a garagem procurar seu carro. Achei que tinha saído e me dado o cano. Quando achamos o carro, voltamos e estávamos ligando para todos os apartamentos do prédio, até te encontrar. Severino reclamou dizendo que eram muitos apartamentos. Mas depois de uma caixinha, resolveu me ajudar.
Com o semblante aborrecido foi até o encontro de Inara e deu-lhe um beijo no rosto. Pegou sua mão e foram caminhando para fora do prédio.
Inara com calma explicou:
– Renato, eu não sabia que teria de esperar na frente do prédio. Pensei que você subiria ao apartamento. Em Sao Paulo é assim: quando o rapaz convida a garota para sair, vem buscar em casa, entra, conhece os pais e depois saem. Claro, meus pais não estão aqui, mas eu tinha certeza de que você subiria. Só agora recordo que nunca te dei o número do apartamento e você também não pediu. Foi um mal- entendido. – Novamente a diferença cultural – pensou Inara.
– Ainda bem, pois achei que você tinha conhecido outro carioca idiota por aí e resolveu me dar o cano. Sabe o que eu iria fazer? Virar este Rio de Janeiro de cabeça pra baixo, até te encontrar.
Inara não prestava mais atenção no que ele dizia, mas sim em como ele estava lindo. Vestia calça jeans, a camisa verde musgo com flores miúdas na cor bege. O suor corria pelo rosto e ele estressado, ficava ainda mais bonito.
– Vamos, já estamos atrasados. Olha que você conseguiu me deixar apavorado. Já estava pensando que não fosse mais te ver. Entraram no carro e ali ela a beijou dizendo:
– Estava com saudade de você e a possibilidade de não te ver mais, deixou-me aflito.
A festa de aniversário, acontecia num belo apartamento na praia de Ipanema de frente para o mar. Cheio de gente bonita e as mulheres bem vestidas. Renato parecia feliz em apresentar aos amigos a amiga paulista. Rizzoli, o amigo que a confundiu com a tal Marly também estava na festa.
Inara o cumprimentou dizendo:
– Rizzoli, que bom que você é meio míope e que a placa do meu carro é de São Paulo. Por sua causa, pude conhecer Renato. – E olhou para Renato que delicadamente a beijou nos lábios.
Rizzoli sorriu um pouco surpreso com a cena e disse:
– Vamos dançar?
Imediatamente Renato respondeu:
– Ela só dança comigo. – Uau ele é ciumento e decidido – concluiu Inara.
Dançaram, comeram, conversaram, até que Renato a convidou para saírem para a varanda do apartamento. O visual estava lindo, noite de lua cheia, a brisa que vinha da praia era refrescante e vibrante.
– Preciso de ar, não estou me sentindo bem. – disse Renato ao se sentar.
– Mas o que você sente? Posso te ajudar? – perguntou Inara assustada.
– Estou com um pouco de tontura, pressão baixa talvez. Preciso me deitar um pouco. Vou te levar pra casa. Mas…ao mesmo tempo queria ficar mais um pouco juntos, depois de amanhã você já vai embora.
Inara também ficou triste por lembrar disso e ele percebeu. Antes que dissesse algo, Renato continuou.
– Mas espera, tenho uma ideia. Poderíamos ir ao VIP’s.
– O que é o VIP’s? – perguntou Inara.
– É um motel famoso, o mais bonito do Rio de Janeiro. Tem vistas incríveis para o mar, você iria adorar.
Inara não disse nada. Via que ele realmente estava pálido, pelo mal estar. E ele continuou:
– Quero descansar ao seu lado até melhorar. Podemos passar numa farmácia, compro alguns remédios e vamos pra lá. O que você acha? Eu prometo, que não vai acontecer nada que você não queira. Só quero mesmo ficar mais tempo com você
Inara, olhou para fora da varanda do apartamento da aniversariante, admirou a lua cheia linda que espalhava reflexos prateados pelo mar e refletiu longamente:
– Que brisa gostosa, que noite romântica, que homem lindo, atraente e inteligente. Quem diria que eu voltaria a sentir borboletas no estômago e aqui, no Rio de Janeiro? Eu também quero estar mais tempo com ele. Talvez esse mal-estar seja falso, mas também pode ser verdade. Quer saber? Vou deixar ele conduzir esta história.
Renato que a observava enquanto alisava o rosto e o cabelo de Inara perguntou:
– E então, vamos?
Respirando fundo e decidida, ela olhou pra ele e disse:
– Se for realmente pra você melhorar, vamos pro VIP’s.
…
Próxima semana:
Capítulo 15
Pane no Avião
História inspirada em fatos reais, embora alguns eventos, personagens, nomes e locais, tenham sido criados para a composição literária. Qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência. YG
Adorei. A estoria esta ficando mais sexy
😜🤩
Yara! Vc já havia me contado, alguns fatos desta viagem, mas está sendo ótimo relembrar
Não é Fatima? Com certeza você vailembrar de muita coisa.